27 de novembro de 2014

Toda loucura é Sã

A loucura é  necessária

onde você é a única saída

de todos os seus, dentro de ti.

A loucura é necessária

pra quem, quando e onde

a única entrada é ser

é seu, entra-te sem bater

sai e arromba-te o peito aberto

a mente louca e o coração livre!

24 de novembro de 2014

Jogo fora toda poesia
Que de nada me vale
E se vale, ao acordar sem selar seus lábios ao meu
Para toda noite olhar a lua e me perder entre as estrelas do seu olhar

18 de agosto de 2014

Vestia um sorriso

Você se despiu, vestindo apenas seu sorriso tímido, sentado me olhava.
Minha caneta, lápis e papel numa dança de letras e formas te descreveram em ménage à trois ortográfico. A ereção do atrito com o papel, o som intermitente do grafite ofegante.

Era como se meu lápis, punho e dedos, conhecessem a textura de sua pele, desde seu calcanhar, marcado em minhas folhas, contornando seus pés, dedo à dedo, joelhos e pernas.


Engolia a saliva à seco, para não perder um pelo, uma digital, uma rachadura dos lábios finos, mal cuidados pelo excesso de álcool entre nossos beijos

26 de março de 2014

Mar de Suor



O mar, grande ao seu fim,
O azul que destoa do céu e embebeda em goles fundos
Os marinheiros por si só, runs e rins, do mar moradia para a bebedeira
Odoiá ó rainha do mar, cuida-me, de quem em ti navega.
Seres sempre muito bondosa, por não afundar os goles de runs em cima de ti derramados
A alma cansada dos marujos em braços fortes, a vista cansada e ofusca perde o tom do azul no céu
Ou seria o rum, as olheiras, o soar do sal no suor, atrito da pele, pele quente, pele que repele o cheiro do pêlo
Cor de Sol na pele do Mar, Olhar de Mar no horizonte do marinheiro de marinheiros mar e sol
Sal nos olhos, lágrima doce 
Repele beijo, na boca seca de sede e suada de sal,
dos marinheiros, almirantes, tripulação de corpos , runs, rins, sais e suores

o barco abanando ao vento viril.

1 de novembro de 2013

Por pouco tempo, por muito tempo

O que será o tempo, se não os movimentos do relógio, das rugas, do sol, do beijo, do sono, me rendo
Ao tempo e seus movimentos. 
Que mesmo no anseio de ficar parado, move-se com toda a destreza de quem corre, de quem tem pressa. 
A pressa de esperar o tempo que não passa.  

7 de maio de 2013

Porque pássaros sabem voar.




Não é!Se fosse, seria natural, espontâneo e simplesComo o pássaro ao bater suas asas, duas asas batendo juntas, para enfim planar num único sentimento. E de tão juntas, saber que para mudar a direção é preciso que uma asa desça, estabilizando a direção e outra asa suba, mantendo o equilíbrio.
E será assim, tem de ser assim, como o pássaro que nasce com as asas, e aprende a voar, nós nascemos com o coração e aprendemos a amar.São necessárias várias batidas de asas, vários romances inacabados, vários tombos do ninho e vários caminhos desencontrados para então num único impulso, quando não há duvidas, poder saltar e voar, se entregar a esse sentimento que nos prende e nos liberta!

19 de abril de 2013

sonhei então assim...


Eu pegava na sua mão
E a gente corria pela rua
Sem ninguém ver, sem ninguém seguir




E subindo nas estrelas
Na Lua a gente chegou
Sentando lá de cima
Eu te mostrava o que do meu coração você roubou




E quando olhamos nos olhamos
Nos entendemos, nos aproximamos
E eu percebi o porque daquele meu sorriso bobo que abre pra ti...